quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dicas para melhorar a relação com a instituição financeira

O presidente do Instituto para o Desenvolvimento da Cultura do Crédito, Fernando Blanco, dá dez dicas para quem deseja melhorar sua relação com a instituição financeira e ampliar suas chances de obter uma concessão de crédito com condições melhores e dentro das necessidades da empresa.

Apresentação de balanço - muitos empreendedores não possuem um demonstrativo de resultados bem construído. Geralmente, a parte da contabilidade da empresa está toda nas mãos de um contador. Apresentar um fluxo de caixa coerente que apresente de forma clara as necessidades de recursos ao longo do tempo, mostra à instituição financeira que se tem, no mínimo, bom controle do caixa. E isso passa uma informação importante: a de que a empresa está bem administrada.

Não deixar para pedir o crédito de forma emergencial - com um fluxo de caixa bem detalhado e possível antecipar as necessidades. Isso, além de mostrar organização, dá tempo ao empreendedor para conversar com o gerente, analisar as ofertas de crédito existentes e decidir pela melhor linha.

Cuidado com os buracos em seu planejamento - os analistas das áreas de crédito são treinados para encontrar inconsistências nos números e dados apresentados. Por isso, informações conflitantes podem abalar toda a credibilidade dos documentos apresentados.

Crie uma relação de troca - o gerente da instituição financeira estará na posição de quem atende um cliente. Ou seja, estará constrangido de apontar defeitos ou problemas. Cabe ao empreendedor dar espaço para que o gerente aponte o que pode ser melhorado, mesmo dentro das ações da empresa, que aumentem a chance de obtenção de crédito.

Frequentar a instituição financeira - além de ir pessoalmente à agência e conversar com o gerente, o caminho inverso também é importante. Criar oportunidades para que o gerente vá até a empresa e até mesmo traga seu superior ou um analista de crédito, trazem proximidade à situação real da empresa. A aquisição de um novo equipamento, um novo espaço para funcionários, a reforma de determinada área, podem ser utilizadas como convite para uma visita.

Mantenha o foco nas conversas - o brasileiro tem uma tendência muito grande para conversar sobre amenidades, como o time de futebol e a família, como forma de obter intimidade. Não há problemas com isso, mas cuidado para que a conversa com o gerente não fique só nisso. O ideal é que ao menos 75% do tempo seja dedicado para se falar sobre o empreendimento.

Concentre-se no futuro do empreendimento - o histórico do negócio conta muito, mas serve apenas como referência, pois o crédito é sempre concedido visando o sucesso futuro. Portanto, a conversa deve girar em torno das possibilidades de crescimento e desenvolvimento.

Não exagerar no otimismo - lembrando que não existe negócio sem risco ou imprevistos, um erro comum é exagerar no otimismo, afirmando que tudo vai absolutamente bem. Excesso de confiança pode demonstrar falta de informação dos riscos inerentes ao empreendimento.

Ajude a instituição a saber mais sobre as especificidades de seu segmento - mesmo dentro do mesmo setor, alguns negócios reagem de forma diferente a determinadas oscilações de mercado. Uma indústria de calçados voltada para a exportação será mais impactada por alterações cambiais que uma que atue somente no mercado interno. Por isso, cabe ao empreendedor mostrar quais são as questões específicas de sua atuação. Mesmo que sejam solicitadas poucas informações, a grande chave está em disponibilizar mais dados, mesmo que não sejam pedidos.

Estabelecer um plano de comunicação direcionado à instituição financeira - a constância na comunicação auxilia na manutenção da boa relação entre empresa e instituição financeira. Veja um exemplo de como fazer isso:

Anualmente - construir e apresentar um plano anual, com previsões e metas bem embasadas, indica que se sabe e que se planejou o caminho que será percorrido nos próximos 12 meses.
A cada 6 meses - enviar um balanço ou balancete detalhado com as informações financeiras, apresentando números mais aprofundados do negócio.
A cada 3 meses - enviar um relatório sobre o andamento dos negócios. Vale fazer um texto que fale sobre a visão de mercado e um que apresente a situação da empresa naquele trimestre.
No surgimento de uma informação relevante - diante de qualquer dado que possa afetar a empresa de maneira positiva ou negativa, a recomendação é a de que se envie um e-mail para o gerente. Pode ser uma notícia sobre o segmento ou uma negociação excepcional com um cliente. Além de mandar o e-mail comentado o ocorrido, o ideal é ligar para o gerente ou mesmo fazer uma visita à agência, confirmando se ele recebeu a mensagem e trocar ideias a respeito.


Fonte: Universia

domingo, 18 de julho de 2010

Recomendações para manter a saúde financeira da empresa

Consolidar o caixa - A regra básica da boa gestão financeira é a chamada consolidação do caixa que significa a capacidade de pagar todas as contas sem recorrer a empréstimos. “Ter um caixa consolidado é sinal mais claro da boa saúde financeira do que ter lucro”. “O que quebra uma empresa não é ter prejuízo, é não ter caixa, pois uma empresa pode ter lucro em suas vendas, mas não ter dinheiro em caixa no momento em que precisa pagar suas contas”. Explicando: o lucro acontece ao se conseguir vender um produto por valor mais alto do que o custo de produção ou aquisição. Porém é necessário pensar no ciclo financeiro do produto (que vai do pagamento aos fornecedores e funcionários, o tempo de girar o estoque e finalmente receber do cliente) para avaliar a necessidade de caixa da empresa.

Nivelar corretamente as reservas - Manter um excesso de reservas para pagar contas e arcar com imprevistos também não é saudável, porque significa deixar dinheiro parado. Para saber o nível ideal é preciso analisar o grau de incertezas com o qual a empresa convive. “Um negócio sazonal precisa de um nível de caixa mais volumoso para momentos de baixa.

Não misturar finanças pessoais com as da empresa - “O empreendedor deve definir um pró-labore mínimo necessário para sua manutenção familiar e manter esta retirada de maneira fixa por pelo menos doze meses, após os quais ele poderá fazer uma nova análise e decidir se é possível aumentar este valor”. O ideal é que, havendo sobra financeira, ela seja sempre reinvestida na própria empresa ou mantida como reserva estratégica para momentos críticos. A definição do pró-labore deve ser criteriosa e conservadora, evitando-se cair no erro do excesso de otimismo ou mesmo à tentação de maior retirada em meses excepcionalmente muito bons. Nesta questão vale o lembrar de que a mesma atitude deve ser mantida pelos demais sócios e a família. “O compromisso de manter as retiradas conforme o planejado deve ser assumido por todos. Este é um ponto crucial. Muitas separações societárias acontecem por desentendimentos nesta área”.

Cortar custos - É preciso foco, o controle efetivo é que irá mostrar onde estão os principais ofensores. Não adianta atuar nos pequenos problemas e esquecer dos grandes. Devem ser criadas grandes áreas, como Despesa com Pessoal, desmembradas item a item: salário, 13º, férias, plano de saúde etc. Desta forma, ficará bastante visível qual o impacto de cada um e para qual deles vale a pena priorizar a busca pela redução.

A política de concessão de crédito - Deve ser muito bem estudada. Não adianta só vender, é necessário receber. É preciso analisar a real capacidade da empresa em conceder parcelamento, perceber se isso vai representar falta de dinheiro que precisará ser coberta por empréstimo.

Avaliar bem o momento de investimento - Deve-se consolidar o caixa primeiro, antes de começar a investir em imobilizado. Ou seja, é preciso garantir uma receita que cubra o que será pago pelo investimento a ser feito para não provocar a necessidade de recorrer a empréstimo emergencial.

Escolher o crédito certo - Com a certeza de caixa consolidado (e sempre, claro, avaliando se o investimento a ser feito faz sentido dentro do planejamento estratégico), a próxima dica é procurar a linha de financiamento adequada. Se o empréstimo de curto prazo é perigoso, o de longo pode ser altamente desejável. Existem linhas com custos muito mais baixos do que o de se financiar com capital próprio. Por isso, mesmo quando se tem todo o recurso disponível de imediato, deve-se pesquisar a oferta de crédito de longo prazo existente e financiar o máximo que for possível. Desta forma, o capital próprio pode ser usado em aplicações mais rentáveis e também como porto seguro para imprevistos ou turbulências.

Controlar a receita - Se é difícil controlar e cortar custos, um desafio ainda maior para a gestão financeira da empresa que é o de controlar e garantir receitas. Não se pode segurar o cliente pelo colarinho e obrigar a comprar de sua empresa. Por isso é preciso assegurar a sobrevivência do negócio no pior cenário, sempre visando a expansão do mercado, a criação de diferenciais, a busca por novos nichos.

Aprender mais sobre o tema - Por mais que o perfil geral do empreendedor seja o do sujeito que gosta de estar perto da linha de frente do negócio e longe dos complicados números e cálculos, não há como escapar. Por mais que se conte com ajuda profissional de contadores, advogados e administradores de confiança, é preciso saber os conceitos contábeis básicos e entender como se dá a gestão e o planejamento financeiro estratégico. Ele tem de se capacitar, seja com cursos, seja contratando um consultor que irá ajudá-lo de forma temporária. Ele pode até delegar funções, mas tem de ter conhecimento para conferir e acompanhar o que está sendo feito. Tem de ter o olho do dono, pois, por mais que haja ajuda externa, a palavra final tem de ser a dele.

As finanças da sua empresa

A receita para manter a boa saúde financeira de um empreendimento está na ponta da língua dos especialistas da área: controle, controle e controle.A questão toda está em conhecer os aspectos envolvidos na administração da contabilidade da empresa, entender suas relações, acompanhar seu desenvolvimento e tomar decisões com base em dados claros e objetivos.

A gestão bem feita das finanças é, inclusive, excelente termômetro que antecipa ou revela problemas ao mesmo tempo em que mostra o local exato onde estão acontecendo.

É preciso ter noção concreta do fluxo de caixa, saber o que entra e o que sai. É como na vida pessoal, quem gasta mais do que ganha passa a ter problemas, reforçando que o controle do fluxo de caixa deve ser somado à previsão de taxa realista de inadimplência.

Todo controle, porém, só faz sentido quando baseado em um plano estratégico. “Todo empreendedor precisa ter visão de futuro, imaginar qual a fotografia dos seus sonhos, saber aonde quer chegar. Assim, suas ações e decisões terão compromisso com o objetivo”.

A complexidade do tema requer avaliação constante do próprio negócio e das variáveis que podem afetar a saúde financeira da empresa. Para tanto, o empreendedor deve ampliar continuamente seus conhecimentos.

Fonte: Universia

terça-feira, 13 de julho de 2010

Projeto altera teto do Simples Nacional

O projeto de Lei Complementar que será protocolado nesta terça-feira (13) na Câmara dos Deputados, em Brasília, amplia o teto da receita bruta anual das empresas para entrada no Simples Nacional, passando dos atuais R$ 2,4 milhões para até R$ 3,6 milhões.

A proposta autoriza ainda a entrada de novas categorias econômicas no sistema e eleva o teto da receita bruta anual para a formalização do Empreendedor Individual de R$ 36 mil para R$ 48 mil.

O projeto prevê ainda o parcelamento especial automático de débitos tributários de empresas do Simples Nacional, a solução de problemas relativos à cobrança do ICMS e mais simplificações para o Empreendedor Individual.

Fonte: Portal Exame